quarta-feira, novembro 08, 2006

hoje, como ontem...


as palavras cansam. chegam a um ponto em que deixam de fazer sentido. são como a água que corre: com uma fluidez tão natural, tão... e depois deixam as suas marcas. deixam um sentir sem sentido. palavras soltas que correm sem parar, que nos prendem ao presente e ao passado, nos prendem nos sentidos das próprias palavras, das letras soltas, das vozes diáfanas, sempre sem retorno. e que ficam. vivem dentro de nós, tristes e sem repouso.

ontem ouvi-te dizer. hoje sinto o que me disseste, ainda com maior intensidade, com dor que não posso suportar. as tuas palavras bailam dentro de mim ao som duma musica mórbida e que não consigo deixar de ouvir, fazem-me sofrer, fazem-me morrer.

hoje queria continuar, mas as palavras soltas prendem-me, prendem-me os sentidos, não me deixam proseguir.

porque falaste assim? nem é tanto o que disseste, mas porque raios o disseste assim, a mim!

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