São como um cristal,
as palavras .
Algumas , um punhal
um incêndio .
Outras ...
orvalho apenas .
Secretas vêm , cheias de memória .
Inseguras navegam ...
Barcos ou beijos ,
as águas estremecem !
Desamparadas , inocentes ...
leves .
Tecidas são de luz
e são a noite !
E mesmo pálidas ...
verdes paraísos lembram ainda .
Quem as escuta ?
Quem as recolhe , assim
cruéis , desfeitas ... nas suas conchas puras ?
*Eugénio de Andrade*
sábado, janeiro 27, 2007
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1 comentário:
... )
Palavra
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Sempre que possam trair
as palavras vêm como um veneno
Mas que outra porta abrir
no final deste caminho?
Só a palavra urgente,
só a palavra possível
que de mim e das coisas
venha decifrar o sentido.
um sorriso.. Maria... (Melodia...)
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