È tarde ... meu " Amor "
Estou longe de Ti com o tempo ... diluíste-te nas veias das Marés , na saliva de meu corpo sofrido !
Agora , tuas máquinas trituraram-me , cospem-me , interrompem o sono ...
Habito longe , no coração vivo das areias , no cuspo límpido dos corais !
A solidão tem dias mais cruéis .
Tentei ser " Teu " ... amar-te , e amar o falso ouro !
Quis ser grande e morrer Contigo .
Enfeitar - me com as tuas Luas brancas , pratear a voz em tuas águas de seda ...
Cantar - te os gestos com ternura ... mas não !
Águas , águas inquinadas pulsando dentro do meu corpo , como um peixe ferido louco .
Em mim a lama ... e o visco inocente dos teus náufragos sem " nome de rua " ... nem estátua de " jardim público " ...
Aceito o desafio do teu desdém !
Na boca ficou-me um gosto a salmoura e destruição .
Apenas possuo o corpo magoado , destas poucas Palavras tristes que te cantam ...
* Al Berto *
terça-feira, novembro 07, 2006
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1 comentário:
dores da alma, sensibilidade tocada. palavras tão caracterizadoras... lindo mesmo.
sempre tão sensivel tu :-)**
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