quinta-feira, novembro 30, 2006
Volúpia ...
No divino impudor da mocidade
Nesse êxtase pagão que vence a sorte
Num frémito vibrante de ansiedade
Dou-te o meu Corpo prometido à morte !
A sombra entre a mentira e a verdade
A núvem que arrastou o vento norte ...
Meu Corpo ! Trago nele um vinho forte
Meus beijos de Volúpia e de maldade !
Trago dálias vermelhas no regaço
São os dedos do sol quando te abraço
Cravados no teu peito como lanças !
E do meu Corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos Dantescos
Felinamente ... em Voluptuosas danças !
* Florbela Espanca *
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1 comentário:
lindo Cosma!!! e já sabes porque gosto tb. a autora, o poema, a foto, tudo em particular e no seu conjunto: em forma de beleza.
:-)****
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