Frémito do meu corpo a procurar-te
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar , a baunilha e a mel
Doido anseio dos meus braços a abraçar-te ...
Olhos buscando os teus por toda a parte
Sede de Beijos , amargor de fel
Estonteante fome , áspera e cruel
Que nada existe que a mitigue e a farte !
E vejo-te tão longe ! Sinto a tua alma ...
Junto da minha , uma lagoa calma
A dizer-me , a cantar que me não " amas " ...
E o meu coração que tu não sentes
Vai boiando ao acaso das correntes
Esquife negro sobre um mar de chamas ...
* Florbela Espanca *
quarta-feira, outubro 25, 2006
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2 comentários:
o gato mia...
:-))
ontem deixaste-me com a torrada na mão, a manteiga derreteu, sujei-me todo...
dormi assim...
... a dizer-me a cantar que não me amas...
... e eu assim, calma e serena, continuo em busca, esperando o nada...
... e é nesta chama que me consome a alma, que acalmo a dor, a falta de amor...
CosmaShiva :-)**
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